Antigamente os sinos anunciavam a chegada do novo Papa.
Hoje o primeiro sinal é a fumaça.
Daniel Machado
Enviado especial a Roma
Fumaça preta: Não temos Papa – Fumaça branca: Habemus Papam / fotomontagem: Daniel Machado
Hoje o primeiro sinal é a fumaça.
Daniel Machado
Enviado especial a Roma
O mundo inteiro está com os olhos
voltados para uma pequena chaminé instalada na Capela Sistina, Vaticano.
Mas o que esta chaminé tem de importante para atrair tanta atenção?
Trata-se do lugar de onde sai o primeiro sinal de que foi eleito o novo
Papa.
A fumaça que sai da chaminé da Capela
Sistina é, na verdade, a queima das cédulas dos votos realizados pelos
Cardeais em Conclave.
Segundo Ambrógio Piazzoni, subsecretário
da Biblioteca Vaticana, antigamente quem dava a notícia do novo Papa
eram os sinos da cidade de Roma que tocavam em toda a cidade. Com o
passar dos anos, alguém percebeu que a fumaça da queima dos votos
antecipava este anúncio
Fumaça preta: Não temos Papa – Fumaça branca: Habemus Papam / fotomontagem: Daniel Machado
“A fumaça é um detalhe recente que
começou a ser usado na metade do século passado. Alguém percebeu que,
quando se queimava as cédulas, elas soltavam a fumaça. Viu também que,
unindo a palha umida, a fumaça mudava de cor. Desta forma, decidiram
antecipar esta informação [do novo Papa] dada pelos sinos à comunidade
cristã de Roma e de todo mundo”, disse Piazzoni.
Sobre o detalhe da fumaça branca ou
preta representar o negativo e o positivo, o professor explica que foi
algo que ganhou força nos últimos tempos, mas não se pode afirmar como
fundamento histórico. “Eu não sei se tem algum significado da fumaça ser
branca ou preta. De fato, quando se queima o papel a fumaça é preta,
mas se é colocada a palha umida, a fumaça fica branca, e assim começamos
a diferenciar. Se queremos dar um significado à fumaça branca ou preta
como possitivo ou negativo podemos dar, mas não sei se foi essa a
intenção primeira da fumaça”, conclui o Ambrógio.
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